Lá pelos meus 15, 16 anos, eu não gostava de UFO, ou U.F.O (Iú-éf-ôu), como alguns chamam a banda da terra da rainha. Eu chamo de UFO mesmo. Voltando, não gostava, tava numa fase bem mais pesada, Iron Maiden e começando a ouvir Judas Priest, Blind Guardian, Manowar, que iriam caminhar junto com Deep Purple, Pink Floyd, Black Sabbath e o recém-descoberto (?)Rainbow.
Bom o fato é que implicava com meus amigos que falavam, “Nó... UFO é massa demais”, era um tal de Phil Mogg prá lá, outro tal de Pete Way pra cá, e isso dava no saco. O pior era quando rolava uma noite de RPG ao som da banda.
Em julho de 2005, perdi um grande amigo, o Cristiano, que era fãzaço da banda. E uns dois meses depois, lá pra setembro, meu pc estragou, o HD deu pau, e “perdi” tudo o q tinha lá, e quando arrumei um pc novo, fui atrás dos amigos para pegar umas músicas, programas. Peguei com um deles boa parte das mp3 q eu mesmo tinha passado pra ele algum tempo antes. E no meio das mp3 tinha boa parte da discografia da banda. Não sei por que cargas d’água, não apaguei aquilo, como sempre tinha feito antes quando pegava músicas com alguém , dais quais se salvava Doctor Doctor, e pra mim UFO não passava disso, uma one hit band.
Bom, algum tempo depois, fui organizar as músicas no HD, separando-as por pastas e tal, aí ouvi o disco Strangers in the Night, disco ao vivo, gravado nos EUA lá por meados da década de 1970, e gostei. E passei a escutar esse disco com freqüência. Daí pra escutar os outros discos da banda foi um percurso natural, e chegar na música Belladona, preferida pelo Cristiano foi um baque fudido. Daí então passei a apreciar mais e mais a música do grupo. Não virei um fanático nem nada, conheço apenas o básico, bem por alto, os álbuns Force It, Phenomenom, No Heavy Petting e o Strangers in the Night.
O fato é que estava ainda em Goiânia, quando à toa no msn, um amigo chega e fala, “viu que vai ter UFO em Goiânia?”, respondi “Mentira, UFO nem toca mais, larga de dar rata e levantar esperança errada seu paiaço”. Aí ele mandou o link da comunidade do Bolshoi, e vi lá que tava confirmada a vinda da banda no dia 27 de maio.
Quando começaram a vender os ingressos, paguei os famigerados 80 reais, isso já estando aqui no Rio, e fiquei pensando como ia ser pra eu comprar uma passagem pra ir pro show, mas os preços estavam absurdamente altos, já q era feriado em Goiânia na segunda, 24/05. Pra minha sorte, no fim de abril a Azul lançou mais uma versão do Passaporte Azul, que eu comprei de cara.
Então, dia 27, lá estava eu no Bolshoi, junto com alguns dos amigos q enchiam meu saco, curtindo o show. Um dos melhores que já fui na vida, tirando o fato do Bolshoi ser pequeno e o povo um tanto mal educado. E um ou outro bêbado que vinha e queria bater cabeça com todo mundo. Bom, o show foi do caralho, calcado basicamente nos álbuns de sucesso da banda, os três de estúdio que falei aí em cima, ou seja, músicas conhecidas, e algumas duas músicas do disco novo, que dá nome à turnê atual, The Visitor.
Os oitenta reais foram bem gastos numa noite de bom rock ‘n’ roll e de ótimas lembranças do Cristiano, onde quer que ele esteja.
quarta-feira, 2 de junho de 2010
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